terça-feira, 2 de agosto de 2016

A sala de aula e sua complexidade

O que fazer quando se percebe na sala de aula que os aluno(s) não consegue(m) desenvolver a leitura e a escrita? Essa é uma dúvida que habita os pensamentos dos professores alfabetizadores. Em relação a essa agonia do ensino e aprendizagem, Elvira de Souza Lima(2010) contribui em seu livro " Quando a criança não aprende a ler e escrever" com reflexões que devem ser feitas pelo educador a fim de compreender o processo de ensino aprendizagem dos alunos, que precisam ser entendidos como  seres humanos em desenvolvimento, que vão a escola, tem uma família, uma vida, um conhecimento a ser considerado. E ainda é preciso analisar o que de fato estes alunos aprendem e como, pensando não só na aprendizagem, mas também avaliando a prática do professor, sua maneira de mediar o ensino. Nas palavras da autora: 

"...é necessário olhar em diferentes direções.[...] Se a escrita não for considerada um produto da cultura humana, a prática pedagógica em sala de aula tende a se distanciar do aluno como leitor e escritor. Esperar que a criança por si mesma descubra os intrincados caminhos a serem percorridos nas várias dimensões da escrita pode criar problemas de várias ordens para a criança. Há um papel específico a ser realizado pelo educador durante a alfabetização e no desenvolvimento posterior da leitura e escrita. Este papel é o de mediador cultural: a escrita como prática simbólica introduz uma dimensão nova no desenvolvimento que re-estrutura e enriquece o campo simbólico humano."(SOUZA LIMA, 2010, p.31)

Referências:

SOUZA LIMA, Elvira. Quando a criança não aprende a ler e escrever. 3° Edição. São Paulo: Inter Alia Comunicação e Cultura. 2010.

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