terça-feira, 30 de agosto de 2016

Sempre em busca do conhecimento

Agora que estou formada tenho tempo de colocar minhas leituras em dia...rsrsrsr. O livro que está em minhas mãos no momento intitula-se "Educação na era digital: a escola educativa" do autor Ángel I. Pérez Gómes. Uma leitura sobre a era digital e os desafios encontrados pela educação. No início de sua fala o autor destaca: 

" Quando  os alunos contemporâneos abandonam a escola todos os dias, eles se introduzem em um cenário de aprendizagem organizado de maneira radicalmente diferente. Na era globalizada da informação digitalizada, o acesso ao conhecimento é relativamente fácil, imediato, onipresente e acessível." (PÉREZ GÓMEZ, 2015, p.14)

Pois bem... Vivemos na era da informação, tudo o que desejamos saber esta ao alcance de um click. Porém, a escola parece estar em uma era contrária, caminhando contra essa enxurrada de informação. Na atualidade segundo o autor, a escola não deve  hierarquizar e fragmentar conteúdos, utilizar as decorebas, pois, tudo esta ao alcance de todos, logo é necessário que os professores organizem e canalizem as informações para que sejam transformadas em conhecimento. Nesse sentido é preciso encantar, despertar no aluno a vontade de aprender e utilizar o que aprendeu em sua vida. O professor atuando como mediador, sempre levando em conta que a aprendizagem ocorre em todos os espaços, em casa, no lazer, nos espaços virtuais e não apenas no período escolar. 

A educação abrange muitos espaços. É preciso aprender a se educar neste novo contexto contemporâneo, a fim de que aprendamos a fazer nossas escolhas, para nos desenvolvermos cidadãos "educados " em todos os âmbitos de nossa vida. 

Referência:

PÉREZ GÓMEZ, Angel. Educação na era digital: a escola educativa. Tradução: Marisa Guedes. Porto Alegre: Penso, 2015.

sábado, 13 de agosto de 2016

Galeano e sua sabedoria

Em um mundo cada vez mais conectado, em que as pessoas não tem tempo para os filhos, para conversar, conviver e socializar, o que resta a nossas crianças? Sobreviver a essa esmagadora sociedade cada vez mais egocêntrica. Nesse sentido, o escritor Eduardo Galeano (1940-2015) descreveu em seu livro "De pernas pro ar, a escola do mundo ao avesso",  o caos que vivemos:

"Dia após dia nega-se às crianças o direito de ser crianças. Os fatos zombam desse direito, ostentam seus ensinamentos na vida cotidiana. O mundo trata os meninos ricos como se fossem dinheiro, para que se acostumem a atuar como o dinheiro atua. O mundo trata os meninos pobres como se fossem lixo, para que se transformem em lixo. E os do meio, os que não são ricos nem pobres, conserva-os atados à mesa do televisor, para que aceitem desde cedo, como destino, a vida prisioneira. Muita magia e muita sorte têm as crianças que conseguem ser crianças."(GALEANO, 2015, p.11).

Para que esta triste realidade descrita pelo autor deixe de ocorrer, é preciso que o professor tenha consciência de seu papel de educador. Ser professor vai muito além de ensinar. Hoje o conhecimento esta em toda a parte, para que todos aprendam. Cabe ao educador orientar os alunos em relação aos saberes e formar cidadãos mais humanos e conscientes. Nesse sentido o professor tem o poder de elevar a autoestima dos alunos,  influenciando-os, sendo exemplo. Por isso, os nossos alunos precisam ser percebidos como crianças, seres humanos com vida além da escola. Pensar em suas necessidades no seu todo, tanto afetivas, sociais, pedagógicas, quanto olhá-los de maneira única, ouvi-los e aprender com eles. Pois só assim, através de um olhar individual e humano será possível auxiliar os alunos em seus processos de aprendizagem e possibilita-los a oportunidade de serem crianças e fazerem a sua história.

Referência:

GALEANO, Eduardo. De pernas pro ar: A escola do mundo ao avesso. Porto Alegre: L&PM, 2015.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

A sala de aula e sua complexidade

O que fazer quando se percebe na sala de aula que os aluno(s) não consegue(m) desenvolver a leitura e a escrita? Essa é uma dúvida que habita os pensamentos dos professores alfabetizadores. Em relação a essa agonia do ensino e aprendizagem, Elvira de Souza Lima(2010) contribui em seu livro " Quando a criança não aprende a ler e escrever" com reflexões que devem ser feitas pelo educador a fim de compreender o processo de ensino aprendizagem dos alunos, que precisam ser entendidos como  seres humanos em desenvolvimento, que vão a escola, tem uma família, uma vida, um conhecimento a ser considerado. E ainda é preciso analisar o que de fato estes alunos aprendem e como, pensando não só na aprendizagem, mas também avaliando a prática do professor, sua maneira de mediar o ensino. Nas palavras da autora: 

"...é necessário olhar em diferentes direções.[...] Se a escrita não for considerada um produto da cultura humana, a prática pedagógica em sala de aula tende a se distanciar do aluno como leitor e escritor. Esperar que a criança por si mesma descubra os intrincados caminhos a serem percorridos nas várias dimensões da escrita pode criar problemas de várias ordens para a criança. Há um papel específico a ser realizado pelo educador durante a alfabetização e no desenvolvimento posterior da leitura e escrita. Este papel é o de mediador cultural: a escrita como prática simbólica introduz uma dimensão nova no desenvolvimento que re-estrutura e enriquece o campo simbólico humano."(SOUZA LIMA, 2010, p.31)

Referências:

SOUZA LIMA, Elvira. Quando a criança não aprende a ler e escrever. 3° Edição. São Paulo: Inter Alia Comunicação e Cultura. 2010.