terça-feira, 13 de novembro de 2018

Apresentação MOEXP 2018








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 Nos dia 25 e 26 de setembro de 2018 aconteceu a 8° MoExP no IFRS/ Osório, que visa expor os trabalhos desenvolvidos no âmbito educacional da instituição.
Apresentei uma comunicação oral com o resumo do meu TCC, pois o mesmo ainda estava em fase de conclusão. Muito bom poder divulgar nosso trabalho, mostrar sobre o que pesquisamos e acreditamos. Também fui contemplada como destaque do evento, por conta do trabalho apresentado.
Segue o link dos anais com meu resumo:

https://moexp.osorio.ifrs.edu.br/anais/2018?utf8=%E2%9C%93&direction=&sort=&search=ilda

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Momento pré eleições 2018

Vivemos dias conturbados. Os ânimos andam acirrados. São várias opções para candidato à presidência de nosso país. Porém, dentre todos os candidatos, um incita ódio, é misógeno, é machista, é homofóbico, é racista... não tem plano de governo, não sabe sobre economia, educação, cultura, saúde....enfim são tantos os defeitos que nem caberiam neste post. Então gostaria de deixar aqui meu registro, pois você tem vários candidatos para escolher. Me diz porque votar em uma pessoas preconceituosa, que irá fazer nosso país retroceder a idade da pedra, que incita a violência, o ódio entre as pessoas? 
Pense bem. O futuro do país está em jogo. Não é só por mim ou por você, mas é por todos nós. Por isso NÃO vote no inominável, no coiso... vote em alguém que respeite a todos, independente de raça, cor ou credo, que respeite a diversidade, as mulheres, que tenha planos e ideias para fazer nosso Brasil crescer rumo a igualdade que está assegurada em nossa Constituição, mas que não se faz presente em nossa sociedade. 
Pense, reflita, avalie. Mas, 
#elenão
#elenempensar
#elenunca
#elebemcapaz
#elenãomerepresenta
#elejamais
#henot
#henever

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Tempos de crises

A crise em que a educação está posta, na visão de Arendt (2005) se dá pelo entendimento de que apenas as crianças podem ser educadas. Grande equívoco, uma vez que Freire (1996) afirma que vivemos em um inacabamento, nos construindo e aprendendo sempre. A autora corrobora ainda, afirmando que a escola é o lugar onde a criança tem o primeiro contato com o mundo, mas salienta que o ambiente escolar não é o mundo, mas sim um dos espaços de socialização, convivência e aprendizado das crianças. Porém, no atual momento, atravessado por políticas neoliberais, a educação não tem cunho polítoco emancipatório, de educar para a cidadania, ao contrario, tem caráter conservador, mantendo o status quo vigente, adestrando e treinando as massas para os papeis que lhes são destinados.

Referências:

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. Tradução: Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2007, 6° Edição.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Li e gostei...

Sarlo (1997) afirma que a arte e a cultura foram substituídas no cotidiano pós-moderno pela TV e o mercado. A cultura tornou-se homogenizada. E a escola se tornou mais um instrumento de dominação simbólica das massas, pois através do currículo, os indivíduos são moldados aos papeis que lhes são destinados.
O que você acha disso?
Pense.
Reflita.

Referências

SARLO, Beatriz. Cenas da vida pós-moderna: Intelectuais, arte e vídeo-cultura na Argentina. Tradução: Sérgio Alcides. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Educação e mercado


Fazendo uma análise geral, a partir de leituras de Marx, a escola, no ensino reproduz os modelos instituídos nas fábricas. E vai além, pois não se restringe a estrutura e padrões, ela também fornece mão de obra para o sistema capitalista, atendendo as demandas do mercado. Nesse sentido, a alienação está presente desde a escola, que em sua formação produz e reproduz a cultura dominante e as desigualdades sociais, gerando alienados ao sistema, que não se percebem assim. Marx (2007, p. 6) propõe então que “o trabalho alienado aliena a natureza do homem e aliena o homem de si mesmo.”
Podemos dizer que, nos moldes que se apresenta a educação, o Estado busca uma hegemonia política, concebendo a escola como uma empresa, que precisa ser eficiente,  e esta cumpre seu papel. Conhecimento de forma rápida, fragmentada, cidadão mínimo: a escola há muito deixou de ser um lugar de aprender a aprender, de forma significativa e autônoma. Hoje ela é um local que reproduz as desigualdades, tanto sociais, culturais, quanto capitais.
Para que a educação alce novos rumos, em direção a autonomia, formação plena, pautada pela igualdade, é preciso que o país tome novos rumos e o Estado considere o indivíduo como um cidadão, portador de direitos e deveres, capaz de opinar, numa relação democrática. A educação não pode estar a serviço do sistema capitalista. Ela deve ser de cunho emancipatório, com vistas a dar oportunidades iguais a todos.


Referências


MARX, Karl. Manuscritos Econômico Filosóficos.Revista Crítica Marxista. Disponível em:  <http://periodicos.ufc.br/dialectus/article/viewFile/5219/3851> Acesso em nov. de 2017.

MARX, Karl. Maquinaria e Trabalho Vivo: Os Efeitos da Mecanização Sobre o Trabalhador. Disponível em: Revista Crítica Marxista. Extraído de "Zur Kritik der Politischen Okonomie (Manuskript 18611863)", MEGA, 11, 3.6, Berlim, 1982, pp. 205359. Traduzido do original alemão por Jesus I. Ranieri.

MARX, Karl. Trabalho Assalariado e Capital. Publicado segundo o texto de: Karl Marx, Lohnarbeit und Kapital. Separata da Neue Rheinische Zeitung de 1849. Traduzido do alemão. Obras Escolhidas em três tomos, Editorial"Avante!"  Edição dirigida por um coletivo composto por: José BARATAMOURA, Eduardo CHITAS, Francisco MELO e Álvaro PINA.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Entre os Muros da Escola

Mais uma dica de um bom filme para pensar e discutir educação.

O filme retrata uma sala de aula contemporânea na periferia da França. O contexto apresentado não foge a realidade brasileira. No decorrer da história ficam perceptíveis, questões cruciais que estão presentes nas correlações escolares, como a diversidade étnica e social, o desânimo dos professores, a falta de interesse dos alunos pela aprendizagem, as relações dos professores com a escola, entre os educadores e alunos e bem como entre os próprios alunos. Uma das cenas mais marcantes com certeza foi a discussão que se inicia entre o professor de Francês e duas alunas, na qual ele se descontrola chamando as meninas de vagabundas, acaba com o envolvimento de outro aluno, que se irrita, discute e fere uma colega sem ter a intenção ao sair da sala. O desfecho desta cena culmina com a sua expulsão. Nela fica perceptível o embate de relações, o professor tentando ser democrático com os alunos, suscitando o potencial de cada um, ao mesmo tempo em que se descontrola e acaba ofendendo duas alunas por conta de seus comportamentos. Essa cena expressa o quanto o professor tem responsabilidade dentro de uma sala de aula, não só quanto à questão da aprendizagem de seus alunos, mas em relação aos seus próprios atos, num sentido de ser a referencia dos alunos, com relação à autoridade, respeito mútuo e igualdade de expressão. Nogueira e Nogueira (2002) observam através da teoria de Bourdieu, que a escola cobra comportamentos e culturas que muitas vezes não fazem parte do cotidiano dos alunos.
Essa passagem tensa do filme estampa, a realidade de uma sala de aula. O professor que se encontra em uma situação de desgaste emocional e psicológico por conta de todas as questões que o envolvem, tanto dentro quanto fora do ambiente escolar, e que tenta de alguma maneira mediar às aprendizagens de acordo com cada aluno, mas se sente só, pois não tem essa mesma resposta de outros professores, os educando que, na visão de Charlot (1996) não encontram significado, no que diz respeito ao social e sentido no que tange o pessoal, através do que é ensinado e no próprio ambiente escolar, que não busca compreender a realidade dos alunos e adequar os conteúdos ao seu contexto de vida, fazendo assim que se sintam excluídos e não acolhe esse aluno de maneira que ele se sinta pertencente deste meio, se apropriando do que lhe é ensinado. 
Filme Francês, interessante e ótimo para suscitar reflexões.



REFERÊNCIAS
CAPITAL cultural. São Paulo: UnivespTV; TV Cultura, s.d. Disponível em: <http://univesptv.cmais.com.br/pedagogia-unesp/d-1-educacao-e-sociedade/capital-cultural-1>. Acesso em: 10 ago. 2017.
CHARLOT, Bernard. Relação com o saber e com a escola entre estudantes de periferia. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 97, p. 47-63, maio 1996.
ENTRE os muros da escola (Entre les murs). Direção: Laurent Cantet. França: Imovision, 2008. 1 DVD (128 min.). Título original: Entre les murs.
NOGUEIRA, Cláudio Marques Martins; NOGUEIRA, Maria Alice. A sociologia da educação de Pierre Bourdieu: limites e contribuições. Educação & Sociedade, Campinas, n. 78, p. 15-35, abr. 2002.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Dica de Filme

Ser e Ter (Être et avoir)

O filme se passa no interior da França, retrata uma sala de aula na zona rural um pouco diferente. Um professor que está quase se aposentando, administra uma turma com idades variadas, entre quatro e doze anos, ensinando a pequenos grupos, mediando e auxiliando as potencialidades de cada um. Para Tardif e Raymond (2000, p.210),

Se uma pessoa ensina durante trinta anos, ela não faz simplesmente alguma coisa, ela faz também alguma coisa de si mesma: sua identidade carrega as marcas de sua própria atividade, e uma boa parte de sua existência é caracterizada por sua  atuação profissional. Em suma, com o passar do tempo, ela tornou-se–aos seus próprios olhos e aos olhos dos outros–um professor, com sua cultura, seu éthos, suas idéias, suas funções, seus interesses etc.


E por ser professor há muitos anos, e ter uma turma pequena, tem a possibilidade, de conhecer bem cada um de seus alunos, conversando abertamente sobre os assuntos de sala de aula e também assuntos familiares e pessoais que permeiam este contexto. Uma das cenas mais marcantes é quando o professor senta e conversa em particular com uma menina, muito tímida e introvertida, que quase não fala com a família, mas que sente a vontade para conversar com ele. No próximo ano ela deixará a escola, então ele fala com ela sobre essa separação. Explica que ela terá outros professores, outros colegas, e que precisa conversar e se integrar ao novo grupo. No final da conversa diz que estará sempre disposto a auxiliá-la, pede para que ela vá visita-lo, para contar como é a nova escola. A menina, ao mesmo tempo em que, se sente dependente do professor, chora por de certo modo se sentir sozinha, mas entende que é necessário que cada um siga seu caminho, e vê que o educador realmente se importa com ela, entende e se preocupa com seu jeito de ser. Essas cenas retratam que a profissão docente envolve muitos aspectos, e que compreende basicamente em ver os alunos nas suas diferenças e singularidades, como seres pensantes, que vivem, se socializam, têm famílias, problemas, dificuldades e habilidades, cada um a seu modo.
            Ser um bom professor, de acordo com Nóvoa (2017) é algo impraticável de estabelecer. Na cena referida, o professor tem muitas qualidades em relação a sua profissão, ele fala com sua voz mansa, questiona, ouve, tenta resolver os conflitos, que muitas vezes estão além da sala de aula. Ele parece muitas vezes, em sua metodologia, firme, tradicional, mas age com responsabilidade, despertando as potencialidades de cada um, reconhecendo as diferenças e criando harmonia no grupo. De acordo com Nóvoa (2017, p.3) isso se refere ao “Tato pedagógico”:

E também essa serenidade de quem é capaz de se dar ao respeito, conquistando os alunos para o trabalho escolar. Saber conduzir alguém para a outra margem, o conhecimento, não está ao alcance de todos. No ensino, as dimensões profissionais cruzam-se sempre, inevitavelmente, com as dimensões pessoais.


A profissão docente envolve aspectos que vão além do espaço escolar, envolvendo um “compromisso social”. É preciso saber como o aluno está e com quem convive, qual seu real contexto. Como destaca o autor: “Educar é conseguir que a criança ultrapasse as fronteiras que, tantas vezes, lhe foram traçadas como destino pelo nascimento, pela família ou pela sociedade. Hoje, a realidade da escola obriga-nos a ir além da escola.” (NÓVOA, 2017 p.3).
            O filme é lindo, marcante e faz com que se reflita sobre a própria prática docente, que consiste num emaranhado de vivências, compromissos, obrigações, sentimentos, diferenças... Referenciando Nóvoa (2017), a profissão docente envolve “Prática”, “Partilha”, “Pessoa”, “Público” e “Profissão”. Mas sobre tudo, na questão de SER professor, tornar-se um bom professor, compreende momentos de firmeza nos seus atos, de enxergar nos alunos seus problemas, seu contexto, suas necessidades, suas vontades, seus desejos, suas potencialidades, enfim enxergar um SER na sua integralidade, educando para a vida em sociedade. Isso é ser professor, ter consciência de que a educação acontece a partir das trocas e que nesse processo todos aprendem.
A profissão docente não consiste em algo pronto, com receitas. Ela é construída na prática, no fazer pedagógico e na convivência com os educandos. Como Tardif e Raymond (2000, p. 238) corroboram “Ainda hoje, a maioria dos professores    diz que aprendem a trabalhar trabalhando.” Professores e alunos se educam sempre. Na realidade de salas de aula brasileiras, nem sempre é possível atender todos da maneira como foi exposto no filme, mas é necessário que se atente ao fato de, compreender os alunos como seres humanos únicos. Para SER professor é preciso a cima de tudo TER amor pelo que se faz, enxergando nos alunos, a possibilidade de um futuro melhor, auxiliando-os a ir além em seu processo de ensino-aprendizagem.  

REFERÊNCIAS

NOVOA, Antônio. Para uma formação de professores construída dentro da profissão. Lisboa: Universidade de Lisboa, s.d. Disponível           em:
<http://www.revistaeducacion.educacion.es/re350/re350_09por.pdf>. Acesso em: 17 abril 2018.
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73302000000400013&script=sci_abstract&tlng=pt>.
Acesso em: 17 abril 2018


SER e ter. Direção: Nicolas Philibert. França: 2002. 1 DVD (104 min.). Título original: Être et avoir.

TARDIF, Maurice; RAYMOND, Danielle. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério.Educação & Sociedade, ano XXI, n. 73, p. 209-244, dez. 2000. Disponível em:

terça-feira, 20 de março de 2018

Reflexão atual

Nos dias atuais os extremos estão aflorados. Não se respeita o outro na sua maneira de ser, pensar e agir. Os direitos não são iguais para todos, uma vez que poucos desfrutam de privilégios e concentram riquezas e poder, ao passo que muitos vivem oprimidos, sofrendo com as desigualdades e mazelas que assolam nosso país. Por uma sociedade onde as pessoas sejam mais humanas, solidárias, iguais, tolerantes, sem preconceitos ou distinções, que respeitem a liberdade do outro e reflitam antes de falar, agir, escrever ou publicar.

O "outro", de quem ouvimos falar desde cedo, mas que temos dificuldade em reconhecer, geralmente é aquele que difere de nós por algum aspecto, seja por deficiência física ou intelectual, por idade, grau de pobreza, escolaridade, urbanidade ou origem étnica. a partir desta constatação, o desconhecimento de como é o outro provoca o preconceito, isto é, a ideia pré-concebida, acompanhada quase sempre pela suspeita, intolerância ou aversão. (BARROS in SILVA(Org), 2015, p. 68). 


Referência

BARROS, Maria Helena T. C. Atividades culturais e a inclusão na biblioteca pública. In: SILVA, José Fernando Modesto da. A biblioteca Pública em Contexto. Brasília, DF: Thesaurus, 2015. 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Bibliotecas Públicas

Compreendendo as bibliotecas públicas como espaços de educação, elas precisam ser exploradas e entendidas pelos citadinos tal como são: espaços que oportunizam o acesso e propagação de informações, que ensinam, educam, promovem a interação e socialização entre as pessoas. Como afirma Machado (2015) "O Brasil é um país onde  abiblioteca pública ainda não conseguiu se posicionar na sociedade como uma instituição de acesso à informação." (MACHADO in  SILVA (org), 2015, p.110).
As bibliotecas ainda são vistas em nosso país, como espaços de usufruto de quem estuda. Grande equivoco. Elas são espaços públicos, logo, todos os cidadãos tem direito de frequentar e desfrutar do conhecimento por ela ofertado, de acordo com suas necessidades. 

Referência

MACHADO, Elisa campos. Acesso à informação em bibliotecas públicas: aspectos políticos e econômicos. In: SILVA, José Fernando Modesto da. A biblioteca Pública em Contexto. Brasília, DF: Thesaurus, 2015. 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Primeira postagem do ano...Vem 2018!

Nesse início de ano, pós reflexão nostálgica de tudo que vivi e aprendi até hoje, meu sentimento é de gratidão! Gratidão por todas as pessoas maravilhosas que estiveram comigo nesses anos de aprendizagem, entrando na minha vida para acrescentar, me fazendo crescer tanto como profissional como pessoa. 
Mas especialmente, nesse último ano, sou grata por tudo que aconteceu... Pós graduação, novos colegas, novos mestres e uma sensação de aprendizado diário. Neste último ano mudei muito, me tornei melhor(acho) rsrsrsrs... Aprendi muito, estudei muito, li muito... E percebi que é preciso sempre mais... Mais aprendizagem, mais estudo, mais leitura, porque a nossa formação é constante, acontece a todo momento nas mais diversas situações. 
Então, com o coração cheio de gratidão por tudo que vivi nos últimos tempos, recebo 2018 de braços abertos, aguardando os novos desafios e as novas oportunidades, querendo sempre aprender mais e mais.